domingo, 21 de março de 2010

O PRÉ-SAL E A POLUIÇÃO


Estão parados nas gavetas dos órgãos do governo federal pelo menos 16 processos de criação de áreas marinhas protegidas. O objetivo da proteção é impedir a moradia e a prática de atividades econômicas nessas áreas.Enquanto o ritmo de criação das áreas de conservação é de uma lentidão enervante e criminosa, a velocidade dos preparativos para se dar início à exploração do pré-sal impressiona.Segundo técnicos da área, a reserva está espalhada por cerca de 800 quilômetros da costa brasileira e o seu uso trará impactos diretos e perigosos para o clima e a saúde dos aceanos. Segundo a Petrobrás, a captação e armazenagem do carbono - tecnologia conhecida como CCS (na sigla inglesa e ainda não viável técnica e comercialmente). Se o CCS não funcionar como esperado, ao fim da exploração de toda a reserva o Brasil emitirá ao longo dos próximos 40 anos cerca de 1,3 bilhão de toneladas de CO2 por ano.O pior nisso tudo é que o governo federal sequer pensa em destinar recursos do pré-sal para a criação e manutenção de reservas marinhas, o que pode ter consequências gravissimas, pois quanto mais quente o mar, menor será a capacidade de absorção do CO2, e além disso, as concentrações excessivas de CO2 acarretam adidificação dos oceanos, fenômeno que compromete a saúde dos corais, berços mais importantes da biodiversidade marinha.

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