domingo, 21 de março de 2010

DINHEIRO É O QUE NÃO FALTA


O país deixará de arrecadar R$ 851,1 milhões em impostos por conta da propaganda política que vai eleger (e reeleger, é claro!) os nossos fiéis representantes a partir das eleições de 2010. Por conta disso, inclusive, milhões de reais vêm sendo gastos em viagens e solenidades nos palanques armados Brasil afora para a "inauguração de obras" do PAC, o que não passa de descarada campanha política, um "tipo de vale-tudo", no dizer de GILMAR MENDES, Ministro do Supremo Tribunal Federal - STF.De acordo com o projeto de lei orçamentária - PLOA para 2010, o governo federal vai gastar com publicidade R$ 212 milhões, mais do que gastam os Ministérios da Saúde e Educação.A Marinha do Brasil, segundo a lei publicada nesta data no Diário Oficial da União, está recebendo R$ 2,1 bilhões de reais para a implementação de seu Programa de Desenvolvimento de Submarinos. Até os depósitos judiciais feitos na Caixa Econômica Federal estão sendo direcionados para o Tesouro, garantindo mais de R$ 11 bilhões nas contas de 2009 e 2010.Enquanto isso, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, o nosso querido PARÁ lidera o ranking de queimadas na AMAZÔNIA. Quase nove mil focos registrados este ano. Grande parte deles são causados por fazendeiros e assentados, que ateiam fogo na mata para aumentar as áreas de pasto e de plantio. No interior do Estado os madeireiros não encontram dificuldades para transportar as toras retiradas da floresta. Não há fiscalização alguma!Os caminhões, alguns até mesmo sem placas, passam impunes pelos postos de fiscalização do governo estadual. E mais: quem denuncia o desmatamento é ameaçado de morte! Madeireiros e fazendeiros se unem para tentar expulsar os agricultores e se apossar das terras e da mata. Segundo a associação de moradores, cerca de 230 famílias vivem na área. O clima de tensão é permanente.Em Paragominas, no nordeste do PARÁ, portos clandestinos são abertos para descarregar as toras trazidas de outros municípios. Depois, tudo é transportado em carretas até as madeireiras da região.O órgão do Ministério Público, com muita timidez, diga-se de passagem, quer responsabilizar os secretários de Meio Ambiente e de Segurança Pública do PARÁ por este e outros casos de crimes contra o meio ambiente em áreas invadidas. O omisso IBAMA diz que o tamanho do estado dificulta a fiscalização. Segundo o INPE, entre 2001 e 2008, foram destruídos 46 mil quilômetros quadrados de florestas no PARÁ, uma área maior que o Estado do Rio de Janeiro.Na verdade, quando o assunto é a fiscalização e prevenção dos crimes cometidos contra a FLORESTA AMAZÔNICA, o que se percebe é a total ausência dos governos estaduais envolvidos e do próprio governo federal. Como se viu acima, dinheiro não falta! O que está faltando é vontade política e vergonha na cara das autoridades ambientais brasileiras, coniventes com os crimes praticados contra um dos maiores patrimonios naturais da humanidade!
ATÉ QUANDO!!!

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